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Arcoverde,25/04/2024

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Netanyahu diz que Hamas 'endurece' negociação e dificulta trégua em Gaza

g1.globo.com
Netanyahu diz que Hamas 'endurece' negociação e dificulta trégua em Gaza


Neste domingo (31), milhares protestaram em Jerusalém contra o governo israelense. Enquanto isso, no Vaticano, papa Francisco renovou seu pedido por cessar-fogo durante celebrações de Páscoa. O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste sábado (28) que a operação por terra em Gaza inicia a '2ª fase da guerra' ao Hamas
Abir Sultan/Pool Photo via AP
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (31) que o grupo terrorista islâmico Hamas está endurecendo seu posicionamento nas negociações por uma trégua na Faixa de Gaza.
"Enquanto Israel demonstra flexibilidade durante as negociações, o Hamas está endurecendo as suas posições", disse Netanyahu, relatando dificuldades também em um acordo para a troca de reféns israelenses por palestinos detidos nas penitenciárias de Israel.
A fala do primeiro-ministro israelense ocorre em um contexto de intensas negociações sobre um cessar-fogo no território palestino — que se estendem, pelo menos, desde dezembro de 2023.
A ofensiva militar de Israel na Palestina teve início em outubro do ano passado, após terroristas do Hamas invadirem o território israelense e matarem centenas de pessoas.
Em declaração a jornalistas neste domingo, Netanyahu também anunciou uma nova ofensiva em Rafah, região no extremo sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito.
"Iremos para Rafah e eliminaremos os batalhões do Hamas por uma razão simples: não há vitória sem entrar em Rafah e não há vitória sem eliminar os batalhões do Hamas lá", afirmou o primeiro-ministro.
A região de Rafah é considerada o último refúgio de cerca de 1,5 milhão de pessoas — quase toda a população da Faixa de Gaza.
Ao tratar da ofensiva, Netanyahu afirmou que o objetivo é "criar condições de segurança" para que milhares de israelenses "arrancados de casa" possam retornar.
"Prefiro, se possível, fazer isso por meios diplomáticos. Mas, se não, faremos por meios diferentes. Prefiro não compartilhar detalhes operacionais ou de cronograma com nossos inimigos", concluiu.
Segundo autoridades de saúde, ataques israelenses mataram 77 palestinos em Gaza nas últimas 24 horas. Enquanto isso, uma delegação israelense foi ao Egito para mais uma rodada de negociações por trégua.
Protestos em Jerusalém
Manifestantes protestam contra o governo de Benjamin Netanyahu em Jerusalém, neste domingo (31/03/2024).
Reuters
Também neste domingo, milhares de pessoas foram às ruas de Jerusalém em protesto contra o governo de Benjamin Netanyahu. Segundo a imprensa local, essa foi uma das maiores manifestações desde o início da guerra.
Os manifestantes se reuniram em frente ao Knesset, o parlamento do país, e pediram por novas eleições, além de uma participação mais igualitária na obrigatoriedade do serviço militar.
Desde o ataque do Hamas a Israel, em outubro, cerca de 600 soldados israelenses foram mortos — o maior número de vítimas militares em anos.
Papa reitera pedido de cessar-fogo
O conflito entre Hamas e Israel também foi tema tratado pelo papa Francisco neste domingo, durante as celebrações de Páscoa. Em sua homilia, o pontífice renovou seu pedido por um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
“Peço mais uma vez que o acesso de ajuda humanitária em Gaza seja garantido. E exorto, de novo, a libertação rápida dos reféns sequestrados em 7 de outubro”, disse.
Em mensagem de Páscoa, Papa pede cessar-fogo em Gaza
A cerimônia, que marca a data mais importante da Igreja Católica, começou às 10h no horário local (5h em Brasília). O papa chegou de cadeira de rodas ao local. Depois da missa, saudou os fiéis a bordo do papamóvel, entre abanos e sorrisos.
O pontífice de 87 anos participou da cerimônia após cancelar, na última sexta-feira (29), sua presença nas celebrações da Via Sacra – uma decisão tomada para preservar a sua saúde para o fim de semana carregado de atividades, informou o Vaticano.
Resolução de cessar-fogo em conselho da ONU
Na última segunda-feira (25), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução de cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
O texto, feito por um grupo de dez países com assento rotativo no Conselho de Segurança liderados por Moçambique, foi o primeiro a ser aprovado sobre uma trégua no território palestino.
ONU exige cessar-fogo imediato em Gaza
A validação da resolução, no entanto, não é uma solução para a guerra. O desafio agora é garantir que os atores envolvidos nela – o governo de Israel e o grupo terrorista – cumpram as determinações exigidas no texto da ONU.
Isso porque, embora as resoluções do Conselho de Segurança sejam juridicamente vinculativas, na prática acabam ignoradas por muitos países. Após a medida, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu que o governo israelense acatasse a decisão do conselho.
Em janeiro deste ano, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) já havia decidido que o governo de Israel tomasse todas as medidas cabíveis para "prevenir um genocídio" na Faixa de Gaza. Na ocasião, no entanto, a Corte não acolheu um pedido de cessar-fogo imediato nos conflitos em território palestino.
A sentença da CIJ foi uma decisão inicial em resposta ao processo aberto pela África do Sul acusando Israel de estar cometendo genocídio com os bombardeios na Faixa de Gaza. O governo sul-africano pedia, entre outros pontos, uma medida cautelar estipulando uma pausa imediata nos ataques.
Em novembro, Israel e Hamas chegaram a fechar um acordo para libertar reféns em troca de uma pausa no combate. Do lado de Israel, 39 palestinos foram soltos, enquanto o Hamas libertou 24 reféns. Na ocasião, também foi instituída uma trégua de quatro dias no conflito da região.




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